Betelgeuse, uma supergigante vermelha na constelação de Órion, tem capturado a atenção dos astrônomos não apenas por eclipses e variações de brilho, mas também por eventos como o “grande escurecimento”. Esse fenômeno intrigante, que levantou questões sobre o possível envelhecimento estelar, agora é alvo de um estudo abrangente baseado em mais de 15 anos de observações.
Eventos Recentes
Além do eclipse por um asteroide, Betelgeuse surpreendeu ao “desaparecer” por 15 segundos, despertando o interesse da comunidade científica. Variações em seu brilho, conhecidas como “grande escurecimento”, foram observadas em 2019 e 2020, levantando especulações sobre o estado evolutivo da estrela.
Teorias Anteriores
Durante o período de escurecimento, teorias variadas foram propostas, incluindo a possibilidade de envelhecimento estelar e até mesmo a interferência de nuvens de poeira. O retorno do brilho levou a uma nova busca por explicações.
Telescópio Robótico STELLA
O estudo, publicado no jornal Astronomy & Astrophysics, baseia-se em dados do telescópio robótico STELLA, capaz de explorar detalhes da superfície de Betelgeuse e suas características dinâmicas.
Análise Detalhada
Cinco camadas da fotosfera da estrela foram analisadas, destacando mudanças na camada interna, chamada de C1, que foram consistentes com as variações visuais observadas. A explicação para as mudanças envolve ondas de choque geradas por eventos específicos.
Ondas de Choque e Material Expelido
As observações sugerem que o “grande escurecimento” foi resultado de uma onda de choque que gerou um fluxo significativo de material expelido, afetando todas as camadas da estrela. Uma segunda onda, mais expressiva nas camadas externas, ocorreu após o retorno do brilho.
Conclusão Intrigante
O estudo aponta para a ocorrência de duas ondas de choque em Betelgeuse, uma associada ao “grande escurecimento” e outra posterior, indicando eventos dinâmicos complexos no interior da estrela.
Betelgeuse continua a desafiar as expectativas astronômicas, revelando eventos surpreendentes e destacando a importância de observações detalhadas para compreender fenômenos estelares complexos. A busca por respostas sobre as variações em seu brilho continua, prometendo insights valiosos sobre a vida e evolução das supergigantes vermelhas.
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